quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Acelerando a Ferrari California...


Era para ser só mais um domingo à tarde. Estava indo almoçar fora quando derepente vejo um pequeno tumulto à minha frente. Carros parados, gente curiosa em volta. Quando olhei, lá estava ela, deslumbrante, mesmo cercada por outras beldades. Ali, irresistível, vestida de vermelho, virava assunto de quem passava pelo local. Ver uma Ferrari na Avenida Europa, onde estão nove entre dez lojas de carros chiques em São Paulo, não é novidade nenhuma — basta passar lá para conferir. Mas essa não era simplesmente uma Ferrari. Era a nova California. E mais que isso: é a primeira delas (e por enquanto a única) a colocar seus pneus sobre solo brasileiro. Quem quiser a primazia de tê-la na garagem vai pagar o preço da exclusividade. A California está à venda na Só Veículos Multimarcas pela bagatela de R$ 2,1 milhões. Se fosse pela minha conta bancária eu também ficaria ali só babando. Mas — bendita seja a hora que resolvi ser jornalista automotivo – consegui agendar uma voltinha com ela. Quase uma semana depois, no sábado bem cedo, estávamos na loja para o passeio. Ao lado da California brilhavam Audi R8, Mercedes C63 AMG, Porsche Cayman e até um Bentley Continental GT, mas nada era como ela. Você pode até não gostar de alguns ângulos da nova Ferrari em fotos, mas, ao vivo, garanto que ela impressiona. Os vincos e recortes na carroceria, as rodas aro 19, a tomada de ar no capô... É difícil saber o que mais prende sua atenção. Na verdade, acho que só o fato de ser uma Ferrari inédita no país já vale o show.
Enquanto o fotógrafo Fabio Aro posicionava seus flashes na direção da lataria, eu já caía no cockpit para ir me familiarizando. A chave é simples, nada do tipo canivete. A parte metálica é quase idêntica com a do Palio que estava comigo naquele dia – o que o Fiat não tem, claro, é o cavalinno moldado no plástico da peça. O ambiente é de carro de luxo. As Ferraris de acabamento espartano ficaram na década passada, mas a California causa ainda melhor impressão do que uma F430. O console central prateado em formato de ponte rouba a cena, enquanto outros detalhes fazem você duvidar que está numa Ferrari. Se até pouco tempo as macchinas da marca sequer tinham rádio, essa tem entrada para i-Pod e até uma tela digital no centro do painel. Outra tela, menor, acende no lado esquerdo do quadro de instrumentos. Ela concentra informações como temperatura do motor e do óleo, pressão dos pneus, dados do computador de bordo e o mostrador do tanque de combustível. O conta-giros com escala até 10.000 rpm, bem ao centro, e o velocímetro à direita mantêm o padrão Ferrari. Mas o capricho do ambiente deixa claro que a California nasceu para encantar quem anda de Mercedes SL, e não somente os fãs da marca italiana. Por falar no Mercedes, precisamos manobrar um SL 65 AMG para sair com a California da vitrine. Primeiro, o Audi R8 despertou seu V8, seguido do não menos belo ronco de outro V8, o da C63 AMG. Isso até que o SL deu a partida no seu V12 biturbo, com um rugido de envergonhar os demais — menos a California. Viramos a chave na ignição, apertamos o botão Engine Start no volante e... “grauu... huhuhuhuhu”, eis a voz inconfundível de uma Ferrari subindo pelas paredes da loja. Hora do passeio. Saindo devagar, a primeira coisa que chama a atenção (além de uma California em meio ao trânsito paulistano) é a docilidade do esportivo. O V8 anda em baixas rotações sem reclamar, e a dianteira não é tão baixa quanto a da F430. Claro que a gente ainda tem que tomar (muito) cuidado nas valetas, mas é mais tranquilo andar com a California em nossas ruas do que com outras Ferraris. Por um botão giratório no volante, o mannetino, ainda podemos deixar a suspensão (que é bem firme) mais suave. A carroceria chacoalha ao menor sinal de imperfeição do solo, mas a direção é leve como a de um Honda Civic nas manobras. O câmbio automatizado faz a estreia da dupla embreagem na Ferrari. Tem sete marchas e trocas muito rápidas, quase imperceptíveis. Você pode deixá-lo no modo automático apertando um botão do console central e apenas curtir o passeio. Ou passar o comando para você mesmo fazer as trocas pelas borboletas atrás do volante (+ na direita, - na esquerda). Adivinha qual usei? Escolhemos um local para as fotos em que era preciso parar e manobrar. Moleza. Basta puxar as duas borboletas ao mesmo tempo para deixar em ponto morto e, então, apertar outro botão no console para engatar a ré. Daí você manobra e, acredite, conta até com sensores de ré apitando. Isso mesmo, Ferrari com sensor de estacionamento. Os tempos realmente mudaram.

Ainda no console central há outro botão que eu queria experimentar, mas não rolou. É o do controle de largada, que ajusta o grau de patinamento da embreagem para arrancar o mais rápido possível. O que mexi foi nos botões dos vidros, que também estão no tal console – e não nas portas, onde deveriam estar (achei um defeito!). Logo à frente deles fica o botão de abertura da capota rígida. São 14 segundos de espetáculo vendo o mecanismo recolher o teto atrás das nossas cabeças. A curtição aumenta não só pelo vento no rosto, mas principalmente pelo ronco do V8 mais próximo dos ouvidos. Nada como andar de Ferrari por onde passo todo dia com meu carro e ouvir aquela sinfonia ecoando na copa das árvores. A California sabe ser dócil num passeio matinal, mas assim que entramos numa avenida mais larga ela mostra que é uma legítima Ferrari. O V8 de 4,3 litros, 460 cv e 49,4 kgfm (derivado do motor da F430) empurra o esportivo com violência quando aplicamos pressão no pedal da direita. O giro sobe, o ronco cala a vizinhança e você deixa os outros carros para trás num piscar de olhos. Foi só um aperitivo, mas suficiente para acreditar nos números de fábrica: 0 a 100 km/h em 3,9 segundos e máxima de 310 km/h. Mesmo com 200 kg a mais e 30 cv a menos que uma F430, a California anda como se espera de uma Ferrari. Viramos à direita e meus 15 minutos de fama chegam ao fim na porta da importadora. Apesar de rápido, meu contato com a California só confirmou o que eu já desconfiava: se eu tivesse R$ 2 milhões no banco, a essa hora eles já estariam migrando para a conta da Só Veículos...

Fonte: Autoesporte - Daniel Messeder // Fotos: Fabio Aro

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

CHEVROLET AGILE “TUNADO”


A Genral Motors anunciou, nesta segunda-feira (30), o lançamento de dois kits de personalização para reforçar a linha Agile. O primeiro é o Sport, com visual mais urbano. O conjunto de acessórios sai por R$ 5.346 a mais sobre o preço original do carro, a partir de R$ 37.708. O outro pacote de acessórios, o Sunny, tem apelo aventureiro e acrescenta R$ 4.393 ao preço final do carro.

O Agile Sport vem com aerofólio, spoilers dianteiro e traseiro, saias laterais, rodas de alumínio de 16’’, farol com máscara negra, farol de neblina e lanterna traseira esportiva. Já a versão Sunny vem equipada com aerofólio, rodas de alumínio de 16’’, rack de teto e protetores de para-choque pintados na cor do veículo. “O rack do Agile foi desenvolvido para ter menos arrasto aerodinâmico, além de compor a estética do veículo”, afirma o diretor de design da GM do Brasil, Carlos Borba.

De acordo com o diretor geral de marketing e vendas da Chevrolet, Marcos Munhoz, os pacotes de personalização poderão ser instalados em toda a rede de concessionárias e visa atingir tanto o cliente que vai comprar o modelo quanto o que já adquiriu. “Os valores dos kits podem ser diluídos nas prestações, caso o carro tenha sido adquirido por meio de algum plano de financiamento”, afirma.

Fonte: G1 Carros

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Figo, o novo Ford nacional


Este carro aí de cima é o indiano Ford Figo, mas vá se acostumando com a sua cara, pois já no ano que vem ele vai estar por aqui. Conforme antecipado pela Revista Autoesporte na edição de julho, é com esse modelo, chamado até então como projeto B517, que a Ford pretende ampliar sua participação de mercado em países emergentes como Índia, China e Brasil. O modelo está dentro da nova estratégia da marca de globalizar produtos e plataformas. Aqui, porém, seu nome ainda não foi definido.

Você está achando ele muito parecido com o atual Fiesta? Pois saiba que não é o único. O Figo é o nosso Fiesta renovado. Muda principalmente o desenho dianteiro, inspirado no visual Kinetic presente em boa parte dos modelos da marca (como o Focus), com novos faróis, para-choque, grade e capô. Atrás, a tampa do bagageiro e o vidro traseiro foram trocados, assim como a distribuição de luzes das lanternas. Por dentro ele ganha novo painel. No Brasil, segundo fontes ligadas à Ford, o “novo” Fiesta já está em processo de validação final e começa a ser produzido em meados do ano que vem na fábrica da Ford em Camaçari (BA). As projeções do modelo foram apresentadas aos funcionários da Ford brasileira no mês passado, em São Bernardo do Campo (SP). Quem viu diz que o nosso terá desenho idêntico ao modelo indiano. Na Ásia, ele começa a ser vendido em março de 2010.
No Brasil, o Figo, ou “Fiesta intermediário”, como chamado por uma fonte, chega no fim do ano que vem, nas configurações hatch e sedã. E por que em São Bernardo do Campo eles chamam o Figo de Fiesta intermediário? É que para o fim de 2011 está agendada a chegada no novo Fiesta, este sim um carro totalmente novo e com desenho do modelo europeu. Confuso? Nem tanto. Em dois anos, a linha de compactos da Ford será formada por Ka, o novo compacto (baseado no Figo) e Fiesta (com desenho europeu) – este último posicionado em uma categoria acima, a dos compactos premium. O futuro Fiesta hatch será feito na Bahia, enquanto sua versão sedã virá do México.

O Figo substituirá toda a gama do Fiesta atual. As opções de motorização serão as mesmas, 1.0 e 1.6 Flex. O novo motor Sigma, como esperado, só chega no Fiesta com desenho europeu - depois de sua estreia no Focus flex, no início de 2010. Para o 'Fiesta Figo', a Ford deve manter os mesmos preços do modelo de hoje - que partem de R$ 29 mil -, uma estratégia para não enfraquecer as vendas do Ka, que parte de R$ 25 mil. Ka e Figo deverão conviver até 2014, quando a Ford lançará em todo o mundo um novo modelo compacto.

Fonte: Autoesporte News

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CUIDADO!!!


GASOLINA ARGENTINA
CAUSA SÉRIOS PREJUÍZOS
AOS PROPRIETÁRIOS
DE AUTOMÓVEIS...

Por causa da repercussão negativa na comunidade, o assunto é polêmico e negado pela maioria das pessoas, mas pesquisa realizada junto à mecânicos de nossa cidade revela que mais de noventa por cento dos veículos que usam gasolina da Argentina apresentaram ou vão apresentar algum problema no motor ou no sistema de alimentação do combustível.
Falha no sistema de injeção, bomba de combustível “ressecada”, queimada ou avariada, pré-ignição, junta do cabeçote queimada, desgaste de bronzinas e virabrequim, filtros entupidos e marcha-lenta irregular, são alguns dos itens que mais tem causado dor de cabeça para quem usa a gasolina Argentina.
O problema ocorre porque a gasolina vendida fora do Brasil, principalmente a Argentina, possui uma composição muito diferenciada daquela que é vendida e fabricada pela nossa Petrobrás, especialmente para os motores dos veículos fabricados no Brasil. Octanagem mais elevada, ausência de álcool e presença de chumbo, são, além de outros fatores, os responsáveis pela maioria dos problemas que levam nossos automóveis rapidinho para a oficina. Sem falar que existem comentários de que os postos além fronteira, sabedores da grande procura e isentos de qualquer responsabilidade, estão adulterando a gasolina vendida, seja na qualidade do produto, seja na quantidade registrada pelas bombas e também na conversão do câmbio.
Bom, mas então basta adicionar álccol ou abastecer da gasolina super (a especial da Argentina), que o problema não ocorre??? Mas meu vizinho abastece lá há anos e nunca teve problemas???
Estão enganados...
A adição de álcool, independente da proporção em que isto é feito, acelera e piora ainda mais o processo, pois a gasolina Argentina, por sua composição química, não aceita e não se mistura com nosso álcool. Isto faz com que, ao se deixar o veículo parado por algum tempo, principalmente pela manhã, todo o álcool e mais os produtos da adulteração, se separem e fiquem depositados na parte de baixo do tanque. Ao dar a partida no motor, imaginem o que isto não ocasiona no sistema de alimentação e no próprio motor do automóvel. Neste caso, a melhor solução ainda é ir completando o tanque com a nossa gasolina, o que, apesar de também não ser correto, pode amenizar e evitar problemas a curto prazo.
Com relação à gasolina “supra”, os problemas ocorrem porque sendo ela uma gasolina “aditivada”, teoricamente mais forte, ela resseca ainda mais a bomba de combustível, causa pré-ignição nos motores (a famosa “batida-de-pino”), e solta toda e qualquer sujeira que tiver no sistema, entupindo filtros e bicos injetores.
Tá bom, mas então, como é que em dez por cento dos veículos ela não causa danos e eles podem rodar normalmente? Conheço um amigo que usa e nunca teve problemas...
Respondo: É porque são veículos mais novos ou com manutenção mais apurada, veículos com baixa quilometragem ou poucos anos de uso, cujo sistema de alimentação e motores, estão “novos” ainda. No caso do seu amigo ou vizinho, se não for por estes motivos, pode ser por “sorte” mesmo... Isto não quer dizer que, com o passar do tempo, não terão problemas também, mas como a maioria das pessoas não fica muito tempo com o automóvel, coitado de quem comprar o veículo depois....

Não quero aqui, criticar, culpar ou acusar quem abastece na Argentina, muito pelo contrário, até porque tenho grandes amigos que fazem isto e também porque sei que a diferença de preço é grande e muito tentadora. Apenas quero alertar que o que a princípio parece ser uma bela economia, logo logo se transforma numa grande dor de cabeça e enorme prejuízo. O que todos tem que saber, é que o grande “vilão” nesta história toda, é a enorme carga tributária imposta pelo “governo” sobre nossa gasolina, fazendo com que ela saia da refinaria custando R$ 0,80 e chegue nas bombas dos postos custando R$ 2,59 em média.
A gasolina brasileira é uma das melhores gasolinas do mundo (quando sai da refinaria...), pois tem alto rendimento e baixo índice de poluição. O problema é que ela é usada para “fazer caixa” para o governo, que depois sai distribuindo “programas sociais” para a população, com fins eleitoreiros e às custas dos empresários do setor que não tem como competir contra tamanha desigualdade e injustiça.

joaotheis@yahoo.com.br

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Catalisador do Escapamento...






Essencial ao meio ambiente, os catalisadores são itens de série nos carros americanos desde meados dos anos 70 (no Brasil, em alguns a partir de 1992 e em todos de 1997 em diante). O catalisador também impulsionou a utilização da gasolina sem chumbo. A gasolina com chumbo contamina o agente catalisador usado no conjunto, destruindo sua utilidade e levando-o a entupir.
O equipamento é uma peça formada por uma carcaça metálica e uma colméia cerâmica que é seu coração. Este componente contém metais preciosos que transformam, através de reações químicas, grande parte dos gases tóxicos que saem do motor em gases inofensivos. Localiza-se no sistema de escapamento, logo depois do coletor de escape e o mais próximo ao motor para melhor aproveitar a temperatura decorrente da combustão.
A eliminação do Catalisador, ao contrário do que muitos pensam, não aumenta a potência do motor, muito pelo contrário, agride o meio ambiente e a saúde humana, provoca danos ao veículo, desperdiça combustível e coloca o proprietário numa condição ilegal por adulteração do veículo e crime ambiental sujeito à multa e apreensão do veículo, só sendo liberado após o pagamento da mesma e efetuar a posterior regularização.
O catalisador tem o mesmo tempo de vida útil do carro e raramente apresenta problemas de entupimentos parciais ou totais durante toda sua vida. Não há realmente uma "janela de inspeção" para o consumidor ou mecânico ver o estado real do conversor. Geralmente, o único modo de dizer se um catalisador está com problema (ou entupido) é retirá-lo e verificar o desempenho do motor. Quando há suspeita de que um catalisador está entupido, alguns mecânicos removem temporariamente o sensor de oxigênio (O2) do escapamento antes do catalisador e observam se houve alteração no desempenho. Se houver, o catalisador terá de ser substituído.
Os catalisadores dependem do recebimento da mistura apropriada dos gases de escapamento na temperatura adequada. Quaisquer aditivos ou falhas que causem alteração da mistura ou da temperatura dos gases de escapamento reduzem a eficácia e a vida útil do catalisador. A gasolina com chumbo (Argentina), e o uso excessivo de certos aditivos de combustível podem encurtar a vida útil do catalisador.
Um catalisador também pode deixar de funcionar corretamente pelos seguintes motivos:
· válvulas de escapamento do motor danificadas;
· velas sujas que fazem com que o combustível não queimado superaqueça o catalisador;
· Utilização de combustível de má qualidade.
Às vezes pode-se concluir que o catalisador está entupido quando o carro não rende o que deveria quando se pisa no acelerador. Também há geralmente um sensível aumento de consumo de combustível, associado ao catalisador entupido. Um catalisador parcialmente entupido muitas vezes age como um regulador de rotação, limitando-a a uma marcha lenta mais rápida. Um catalisador totalmente entupido faz com que o motor pare de funcionar depois de alguns minutos por causa do aumento da contrapressão no escapamento.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

SISTEMA DE ARREFECIMENTO...

Nos últimos tempos, tenho visto muitos proprietários de automóveis “perder” (ou seria – ferver), o motor de seus veículos devido ao pouco cuidado que tem com o “Sistema de Arrefecimento”, principalmente com a qualidade da água utilizada para resfriar o motor. Não sabem a grande maioria, que o maior vilão dos motores modernos não é a falta de lubrificação adequada, mas sim, a adição de água no reservatório de expansão do sistema. Por este motivo, quero esclarecer um pouco mais sobre o que é e como funciona o principal responsável pelo perfeito funcionamento do motor de seu veículo.
Chamado de Sistema de Arrefecimento, o mesmo é composto por seis ou mais itens que tem por finalidade manter uma temperatura ideal (estabilizada) para o motor. Essa temperatura varia um pouco de motor para motor, mas fica entre 87 a 105 graus Celsius na maioria deles.
Como o sistema é composto:
1- Radiador
2- Bomba d´água
3- Galerias
4- Ventilador
5- Termostato
6- Indicador de temperatura no painel

Além dos componentes listados acima, o sistema ainda trabalha com mangueiras, reservatório de expansão, válvula de expansão integrada à tampa do radiador ou do reservatório e o aditivo adicionado a água, formando o líquido de arrefecimento. Logicamente estamos tratando da refrigeração por líquido, uma vez que o mesmo é o mais utilizado atualmente.
O líquido de arrefecimento é constituído por água e aditivos. Esses aditivos tem por finalidade equilibrar o pH da água, não deixando-a nem alcalina e nem ácida. O etilenoglicol é o principal componente do aditivo. Esse elemento altera os pontos de ebulição e congelamento da água, fazendo com que a mesma ferva acima de 100oC e congele somente abaixo de 0oC. Outra função do aditivo é a de manter lubrificado todo o sistema e evitar o acúmulo de sujeira no sistema.
- Termostato: (ou válvula termostática)
Elemento responsável pelo controle de temperatura do motor e o rápido aquecimento do mesmo, quando frio. É uma válvula que se abre e fecha permitindo ou não a passagem do líquido de arrefecimento. Quando fechada, não ocorre a troca de calor, fazendo com que o líquido que está no motor sofra um rápido aquecimento. Quando aberta, permite que o líquido resfriado penetre no interior do motor, baixando sua temperatura.
Alguns mecânicos retiravam essa válvula do sistema alegando que a mesma prejudicava a refrigeração. Isso não é verdade. Uma vez sem o termostato, a temperatura do motor oscila muito, ora trabalhando muito aquecido, ora com temperatura muito baixa. Motores trabalhando com temperatura baixa tem um desgaste mais acentuado e um maior consumo de combustível. Observe o ponteiro ou o marcador de temperatura de seu automóvel. Se ele oscila muito, principalmente com o motor quente, cuidado! A válvula pode estar prestes a travar e, se isto acontecer e ela travar fechando a passagem de água do sistema, seu motor vai superaquecer e ferver em poucos segundos.
A sua temperatura de abertura e fechamento dependem do tipo de motor e do combustível que é utilizado. Por este motivo, motores a álcool, que possuem taxa de compressão mais elevada, obviamente trabalham com temperaturas mais elevadas, a fim de permitir uma melhor queima e aproveitamento do combustível.

- Bomba d´água:
Serve para auxiliar o deslocamento da água no sistema, ou seja, recalca o líquido do radiador para o motor, fazendo com que haja uma troca do líquido aquecido pelo resfriado. Mesmo se não houvesse a presença da bomba, o líquido iria circular por termofissão (a diferença de temperatura provocaria o movimento). A bomba é um dispositivo que melhora essa circulação, em função da alta exigência e rendimento dos motores modernos.

De posse destas informações, recomendo ainda alguns procedimentos básicos, nem sempre lembrados, que nada custam, são de fácil execução, e podem evitar grandes prejuízos aos amigos motoristas:
- Verifique o nível da água do motor no reservatório de expansão do sistema, pelo menos uma vez por semana, sempre pela manhã e com o motor frio. Não espere para fazê-lo quando for abastecer, pois neste caso, estará quente e com pressão, não sendo recomendável a abertura da tampa do reservatório porque pode ocasionar bolhas de ar no sistema que prejudicarão o seu perfeito funcionamento, além do risco de queimaduras em quem for mexer no mesmo.
- Caso o nível esteja baixo, verifique se não há vazamentos (peça ajuda de um profissional), pois muitas vezes são imperceptíveis a olho nu. Se necessário, complete o nível com aditivo e um pouco da água, jamais com água pura, pois ela, além de diluir ainda mais o pouco aditivo existente, provoca alterações na temperatura e enferruja todo o sistema e seus componentes, podendo travar tudo quando você menos espera ou mais precisa.

Aprenderam? Pois então cuidem bem deste sistema, pois ele é como o sangue para o seu coração, e você sabe, com saúde não se brinca.

sábado, 12 de setembro de 2009

Mudando Hábitos...



Dirigir do lado direito mostra a variedade de perspectivas
Ter sempre um mesmo ponto de vista, inclusive no trânsito, enferruja a cabeça e embota o espírito...

Levantar o capô para fotografar o motor, tarefa normal e corriqueira em qualquer automóvel, revela alguns condicionamentos a que estamos sujeitos, pois a primeira reação é abrir a porta do lado esquerdo. O fato é que só nos damos conta disto quando nos vemos numa situação como a descrita acima - avaliando um veículo em um país de mão do lado direito, a famosa mão inglesa. Afinal, estamos no Reino Unido. Por um acaso do destino, a alça de abertura do capô estava mesmo do lado esquerdo, mas não o volante. Ele fica do lado direito. Quem nunca andou em um veículo com mão inglesa deve se perguntar: e como se dirige desse jeito? Onde ficam os comandos?
Fora o câmbio, tudo é exatamente igual. O pedal do acelerador do lado direito, o do freio no meio e da embreagem à esquerda. Não cheguei a guiar nenhum veículo com câmbio manual até agora, mas os engates também são como os dos carros que conhecemos: primeira acima à esquerda, segunda abaixo à esquerda, terceira acima no meio, quarta abaixo no meio e quinta acima à direita. A ré, como diria Adoniran Barbosa, “vareia”.
Nos Land Rover avaliados, o câmbio automático evitou estranhamentos em relação aos engates, mas não com o jeito de dirigir. Com o volante do lado direito, o motorista tem de ficar para o lado de dentro da via. Isso faz com que quem vai adiante ande na faixa da esquerda, não na da direita, como no Brasil. A princípio, não é algo difícil de entender. Até chegarmos à primeira rotatória, chamada pela portuguesa do sistema de navegação de “rotunda”. Entramos na “rotunda” pela esquerda, não pela direita. Ou quando temos de converter à direita. A tendência é pegar a direita e seguir adiante. Os ingleses devem tomar sustos regulares com os malucos dos estrangeiros andando na faixa errada. Por sorte, não foi algo que aconteceu com freqüência. Só uma ou duas vezes durante a avaliação...Depois de entender qual o lugar a ocupar em cada via (algumas delas tão estreitas que só passa um carro de cada vez, mas todas são mão dupla...), leva tempo para acostumar com a posição em que o carro deve ficar dentro da faixa. Mais para a direita ou mais para a esquerda? As guias avisam o melhor lugar sem muita paciência, o que exige algum outro tipo de balizamento. As faixas, menos agressivas, tratam disso.
Além da experiência interessante, o episódio mostra o quanto é bom, vez por outra, se colocar diante de coisas corriqueiras (o trânsito, por exemplo) sob uma outra perspectiva. Como passageiro. Como um motorista inglês. Como pedestre. Isso aperfeiçoa as habilidades. Traz a humildade de perceber que não sabemos tanto quanto gostaríamos. Coloca todos nós diante da certeza de sermos aprendizes (graças a Deus). Desenferruja a alma e aviva o espírito. A quem tiver essa chance, fica a mais veemente recomendação: não a deixe passar. Nem essa nem nenhuma outra de enxergar o mundo sob um outro ponto de vista, sempre em direção a uma visão mais ampla e mais rica.
Texto: Gustavo Henrique Ruffo

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Novo Nissan GT-R volta a impressionar em Nürburgring


Superesportivo retorna à pista e supera polêmico tempo anterior ...

Ele fez de novo. Há cerca de um ano, o superesportivo Nissan GT-R acelerou na pista mundialmente famosa de Nürburgring. O resultado garantiu a 4ª volta mais rápida da história do circuito. Os 20,80 km foram percorridos em 7m29s. Nesta semana, a mesma equipe retornou ao local, só que agora ao volante de uma versão atualizada do modelo, o 2010MY GT-R. Para surpresa geral, eles conseguiram bater o tempo anterior em 1,5 segundo, completando a volta em 7m27s56 sob o comando do ex-piloto de Fórmula 1 Toshio Suzuki.

No ano passado, o número alcançado foi amplamente contestado pelas marcas concorrentes, principalmente pela Porsche, que até então dominava a posição com seu 911 GT2. A alemã afirmava que a Nissan havia utilizado pneus não-oficiais, semi-slick, na sua tomada de tempo. Até agora, ninguém se manifestou sobre o novo teste, que parece ter sido feito com a versão de produção do novo GT-R, sem alterações.

Não bastasse isso, a Nissan ainda mandou avisar que vai tentar novamente. Segundo a equipe, o carro foi prejudicado por trechos de areia na pista. Em condições ideais, eles afirmam, os 7m26s4 do Chevrolet Corvette C6 ZR1 deixará de ser o melhor tempo.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

CUIDE BEM DA BATERIA DE SEU AUTOMÓVEL


Dicas de Manutenção :
01. Faça "check-up" elétrico no veículo pelo menos duas vezes por ano;

02. Mantenha os terminais dos cabos bem apertados e em bom estado;

03. Não introduza objetos ou ferramentas nos elementos da bateria;

04. Se necessário, só carregue a bateria com carga lenta (10% da capacidade nominal);

05. Não acione o motor da partida por mais de 15 segundos de cada vez;

06. Caso o veículo não pegue, efetue nova tentativa após 20 segundos;

07. Procure um profissional especializado caso insista em não pegar;

08. Só dê a partida com todos os equipamentos elétricos desligados (ar condicionado, faróis, som, amplificador etc.);

09. Evite que os equipamentos elétricos fiquem ligados por muito tempo com o veículo parado;

10. Toda vez que perceber que a luz de advertência acende ou pisca, procure o eletricista;

11. Odores estranhos vindos da bateria, superaquecimento da mesma ou salpicos de solução pelos suspiros indicam normalmente falha do regulador de voltagem. Faça imediatamente o "check-up" recomendado acima, pois a mesma pode entrar em curto e provocar uma explosão;

12. Em caso de paralisação prolongada do veículo (acima de um mês), recarregue antes a bateria e guarde o veículo com o cabo de aterramento desligado, ou remova a bateria para um local fresco;

13. Evite riscos de acidente. Deixe a manutenção para um técnico treinado. Caso se julgue capacitado não esqueça de utilizar óculos de proteção e capas de napa para proteger o corpo e a pintura do seu carro;
14. Cuidado. A instalação incorreta gera perigo de explosão. Conheça as instruções de segurança contidas no rótulo e no Certificado de Garantia da bateria;

15. Antes de retirar a bateria, verifique se o seu veículo possui equipamentos com códigos de segurança em alarme, rádio, etc. Caso eles existam, tenha-os em mãos para poder reativá-los depois da troca da bateria;

16. Existem sistemas elétricos, em alguns veículos, que não podem ser desligados. Utilize uma bateria em paralelo para não interromper o fornecimento de energia. Há equipamentos que podem auxiliá-lo nisso;

As baterias automotivas possuem em média, uma durabilidade de dois anos, podendo ser reduzida ou aumentada sua vida útil dependendo das condições elétricas do veículo ou do número de acessórios que o mesmo possui.
Como a bateria nova custa caro, é bom cuidar da sua.....

joaotheis@yahoo.com.br

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

TROCA DE ÓLEO MELHORA O RENDIMENTO...


Mesmo com toda a informação disponível aos motoristas e proprietários de veículos, a troca de óleo e filtro ainda é um dos fatores que mais influencia no rendimento e durabilidade dos motores.
Preços, prazo de troca, quilometragem, aumento do número de fabricantes, variedade, origem e outros fatores, auxiliam na falta de consenso sobre o tema. Para piorar, o aumento de combustíveis adulterados ou fora das especificações recomendadas, pioraram ainda mais o quadro.
Que fazer então???
Primeiramente, definir o tipo de utilização que está sendo aplicado ao veículo – uso leve ou condições severas.
Vocês sabiam que as piores condições a que um veículo está sujeito são os pequenos trajetos diários, com duração em torno de 15 minutos, em vias urbanas e em velocidades abaixo de 60 km/h ? Que a melhor situação para a durabilidade dos componentes de um veículo seria rodar no trânsito livre e fluente, em velocidades acima dos 60 km/h e por mais de 15 minutos??
A partir desta observação, confira abaixo algumas perguntas e respostas que podem ajudá-lo a economizar dinheiro e preservar a saúde do motor de sua máquina:

A troca de óleo deve seguir rigorosamente o que manda o manual do fabricante do veículo? Sim, mas o motorista deve tomar cuidado com os manuais mais antigos, que previam trocas a cada 20 mil quilômetros, baseados nas condições européias de circulação. No Brasil, devido às características de nosso clima, trânsito e estradas, isto ocasionou muitos problemas aos motores. Por isso, recomenda-se sempre consultar o concessionário da marca ou os responsáveis pelos pontos de troca de óleo, relatando a forma de utilização do veículo para que lhe seja indicado o lubrificante correto à sua situação e determinados os prazos para as trocas do mesmo;
A troca deve ser feita pela quilometragem ou por tempo? De um modo geral, recomenda-se a troca do lubrificante a cada 5.000 quilômetros (óleos minerais – a maioria), ou seis meses, o que vencer primeiro. Porém, como os lubrificantes possuem aditivos em sua composição, eles permanecem inertes até sua colocação no motor do veículo. A partir deste momento, como são reagentes químicos, passam a atuar dentro do motor, mesmo quando ele está desligado. Como a durabilidade do lubrificante depende do tipo de uso do veículo, o motorista que roda pouco e nas condições severas relatadas acima, deverá sempre trocar o óleo levando-se em conta o tempo (máximo de seis meses). Já quem roda a maior parte do tempo em rodovias, deve efetuar a troca observando a quilometragem estabelecida pelo tipo de lubrificante que está usando no motor.
É preciso substituir o filtro de óleo a cada troca do lubrificante? Sim. Apesar da maioria efetuar a troca do filtro a cada duas trocas do lubrificante, é bom lembrar que um filtro processa em média mais de 20 litros de óleo por minuto. Portanto, em 5.000 quilômetros, esse filtro terá processado mais de 200 mil litros de óleo. Já imaginou??? Por isso, na hora da troca recomenda-se retirar todo o óleo velho do cárter do motor e trocar o filtro sempre. Gasta-se um pouco mais na hora da troca, mas ganha-se muito na longevidade e durabilidade do motor;
Nos veículos que vem de fábrica com óleo sintético, ou semi-sintético, pode-se trocar pelo óleo mineral – geralmente mais barato? Os dois podem ser misturados?? Existem veículos que exigem somente óleo semi-sintético ou sintético, como é o caso das BMW. Para outros casos, recomenda-se sempre consultar o manual do veículo para saber se há a opção do óleo mineral, desde que atendidas as especificações técnicas previstas no mesmo livreto. Porém, em ambos os casos, a mistura dos dois tipos de lubrificante não deve ser feita, pois isto prejudica a qualidade do lubrificante e causa sérios danos ao motor do veículo;
E quanto às marcas, podem ser misturadas? Em casos de emergência, sim, pode-se completar o nível com óleo de outra marca, desde que se mantenha as mesmas especificações do lubrificante original. Porém, não deve ser uma prática constante, pois apesar dos lubrificantes possuírem as mesmas especificações, cada fabricante possui seus próprios aditivos e reagentes e, a longo prazo, a mistura pode afetar a durabilidade ou a vida útil do motor;
É necessário aquecer o motor antes de sair normalmente com o veículo? Quando se joga futebol ou se pratica algum esporte, não fizemos um pré-aquecimento da musculatura para evitarmos lesões? Pois com os veículos é a mesma coisa. Apesar dos motores modernos não exigirem que o motorista espere pelo aquecimento do óleo e das peças do motor, o ideal é que antes de sair com o veículo pela manhã, o motorista aguarde uns 30 segundos com o motor em funcionamento e não eleve as rotações até que o ponteiro da temperatura do líquido de arrefecimento dê sinais de vida. É o tempo de se abrir o portão da garagem e colocar o cinto de segurança;
Que fazer quando a luz do óleo acende no painel ou o ponteiro da temperatura subir acima do normal? Pare o veículo imediatamente, desligue o motor e procure atendimento mecânico;
Qual o consumo de óleo pode ser considerado normal, sem que isto signifique um sinal de problemas com o motor? Na década de 80, era normal o consumo de até um litro de lubrificante a cada mil quilômetros rodados. A partir dos anos 2000, no máximo um consumo de 300 ml a cada mil quilômetros rodados. Qualquer alteração nestas condições, procure orientação técnica, pois o motor de seu veículo pode estar com problemas.
Motor “esconde” óleo? Não! Os atuais motores e lubrificantes não fazem isto e se o nível estiver constantemente abaixo do mínimo, com certeza está ocorrendo algum problema de desgaste ou vazamento. O termo “esconde”, que ainda se ouve falar hoje em dia por algumas pessoas, na verdade, deve-se ao fato de que motores de concepção e projeto mais antigos, quando desligados, demoravam mais para “drenar” o óleo de volta para o cárter. Caso o nível do lubrificante fosse verificado logo após o motor ser desligado, poderia se pensar de que estaria faltando óleo no motor, daí surgindo o termo “esconde”. Um exemplo típico desta situação e dos mais comentados ocorre com os Chevrolet Chevette que, inclusive, tinha fama de pouca durabilidade de seu motor.
Porém, fui proprietário de um modelo com motor 1.6S à álcool, dupla carburação, numa época em que o combustível era mais barato, o juízo era pouco e o pé direito era muito “pesado” sobre o acelerador. Mesmo assim, rodei belíssimos 150.000 km com o carrinho, sempre com “pé embaixo” e o giro no limite do impossível, e posso afirmar que nunca tive problemas com o motor do mesmo, sequer consumia óleo ao final desta quilometragem – o único cuidado que tinha era trocar o lubrificante e filtro a cada 4.000 km e cuidar da água do motor. Deixou muitas saudades...

Por essas e outras, volto a afirmar, a troca de óleo melhora o rendimento do motor de seu veículo. Cuide bem dele, vale a pena !!!


Colaboração/ Fonte: Diário Catarinense – Veículos, Eduardo Aquino/Remo Lucioli

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Carro Design - Kia Soul

Comece a se acostumar. Depois que a Kia lançou o Soul no Brasil, sua percepção em relação à marca coreana vai mudar. Misturando elementos de veículos urbanos (como o Mini) com os de utilitários esportivos, o novo compacto tem visual robusto e jovial, que não remete a nada do que a empresa fez até hoje. O caixotão de quatro rodas com linhas mais arredondadas é o primeiro passo da mudança de mentalidade da Kia, que finalmente começa a deixar de lado a timidez para ousar. Com o Soul, a empresa deve surpreender vários tipos de consumidor. Agradará jovens, modernos, aqueles que querem um carro urbano espaçoso e os que gostam da robustez dos jipes. Utilitário esportivo? Não é exagero dizer que o compacto agrega características desses veículos. Vamos contabilizá-las.
A primeira é a forte aparência, com frente alta e encorpada. A segunda está na posição elevada para dirigir. A terceira, no generoso espaço interno. Dois centímetros mais curto que o Prisma, o Soul mede 4,10 m e tem entre eixos de 2,54 m. Garantia de folga para as pernas dos passageiros. Além disso, o “pé-direito” interno é excelente. Ninguém irá bater a cabeça ao entrar no carro ou ao se acomodar. As saídas de ar nos pára-lamas dianteiros, perto das portas, são semelhantes às utilizadas pela Land Rover no Discovery. No Soul, são apenas decorativas. As barras longitudinais no teto e o pára-choque com um discreto quebra-mato, no estilo Fiat Adventure, completam o lado utilitário esportivo. O desempenho do motor 1.6 16V, porém, passa longe de um jipe. É mais indicado para a cidade, com bom fôlego, e casando muito bem com o câmbio de engates precisos e relações mais longas que as do novo Cerato. No entanto, é um pouco barulhento a partir das 2.500 rpm.
Como a Kia quer despertar paixão no consumidor com o Soul, especialmente nos mais jovens (de coração também, frisa a marca), caprichou no estilo descolado por dentro. O painel tem ângulo inclinado para trás, que facilita a leitura das informações do dial do rádio. Os porta-objetos e porta-luvas são revestidos por dentro com acabamento colorido, como o vermelho vivo da unidade avaliada, uma pré-série trazida para o Salão. Este porta-objetos, por sinal, tem abertura nada simples. Todos os bancos são revestidos com tecidos que trazem o nome do carro, como em séries especiais esportivas. O desenho da carroceria é ainda mais marcante, com muitos recortes e saliências no capô, pára-lamas e tampa do porta-malas. E linhas não usuais. Basta olhá-lo de lado para notar que a espessura do teto diminui gradativamente de trás para frente, dando a impressão de que o carro é achatado. O Soul tem amplo pára-brisa, rodas aro 18, maçanetas e tampa do tanque cromados. Os faróis e as grandes lanternas dão aparência musculosa e urbana. Segundo a importadora, a versão avaliada não traz o detalhe na grade que marca o estilo “nariz de tigre”, assinatura do chefe de designer da empresa, Peter Schreyer. Em um primeiro momento, a Kia irá importar a novidade somente na versão equipada com motor 1.6 16V. O câmbio pode ser manual ou automático de quatro velocidades. Se o consumidor aprovar – tarefa dura tendo em mente que, hoje, custaria R$ 70 mil –, é possível que a versão 2.0, de 140 cv, seja importada, bem mais cara. Caso o Soul tenha boa demanda, pode fazer a importadora finalmente tirar do papel os planos de montar uma fábrica aqui, sonho de dez anos. E essa nova face da Kia pode ser a escolhida para inaugurá-la. Depende de você, consumidor, e da economia.

Fonte: Autoesporte – Alexandre Carvalho