quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Catalisador do Escapamento...






Essencial ao meio ambiente, os catalisadores são itens de série nos carros americanos desde meados dos anos 70 (no Brasil, em alguns a partir de 1992 e em todos de 1997 em diante). O catalisador também impulsionou a utilização da gasolina sem chumbo. A gasolina com chumbo contamina o agente catalisador usado no conjunto, destruindo sua utilidade e levando-o a entupir.
O equipamento é uma peça formada por uma carcaça metálica e uma colméia cerâmica que é seu coração. Este componente contém metais preciosos que transformam, através de reações químicas, grande parte dos gases tóxicos que saem do motor em gases inofensivos. Localiza-se no sistema de escapamento, logo depois do coletor de escape e o mais próximo ao motor para melhor aproveitar a temperatura decorrente da combustão.
A eliminação do Catalisador, ao contrário do que muitos pensam, não aumenta a potência do motor, muito pelo contrário, agride o meio ambiente e a saúde humana, provoca danos ao veículo, desperdiça combustível e coloca o proprietário numa condição ilegal por adulteração do veículo e crime ambiental sujeito à multa e apreensão do veículo, só sendo liberado após o pagamento da mesma e efetuar a posterior regularização.
O catalisador tem o mesmo tempo de vida útil do carro e raramente apresenta problemas de entupimentos parciais ou totais durante toda sua vida. Não há realmente uma "janela de inspeção" para o consumidor ou mecânico ver o estado real do conversor. Geralmente, o único modo de dizer se um catalisador está com problema (ou entupido) é retirá-lo e verificar o desempenho do motor. Quando há suspeita de que um catalisador está entupido, alguns mecânicos removem temporariamente o sensor de oxigênio (O2) do escapamento antes do catalisador e observam se houve alteração no desempenho. Se houver, o catalisador terá de ser substituído.
Os catalisadores dependem do recebimento da mistura apropriada dos gases de escapamento na temperatura adequada. Quaisquer aditivos ou falhas que causem alteração da mistura ou da temperatura dos gases de escapamento reduzem a eficácia e a vida útil do catalisador. A gasolina com chumbo (Argentina), e o uso excessivo de certos aditivos de combustível podem encurtar a vida útil do catalisador.
Um catalisador também pode deixar de funcionar corretamente pelos seguintes motivos:
· válvulas de escapamento do motor danificadas;
· velas sujas que fazem com que o combustível não queimado superaqueça o catalisador;
· Utilização de combustível de má qualidade.
Às vezes pode-se concluir que o catalisador está entupido quando o carro não rende o que deveria quando se pisa no acelerador. Também há geralmente um sensível aumento de consumo de combustível, associado ao catalisador entupido. Um catalisador parcialmente entupido muitas vezes age como um regulador de rotação, limitando-a a uma marcha lenta mais rápida. Um catalisador totalmente entupido faz com que o motor pare de funcionar depois de alguns minutos por causa do aumento da contrapressão no escapamento.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

SISTEMA DE ARREFECIMENTO...

Nos últimos tempos, tenho visto muitos proprietários de automóveis “perder” (ou seria – ferver), o motor de seus veículos devido ao pouco cuidado que tem com o “Sistema de Arrefecimento”, principalmente com a qualidade da água utilizada para resfriar o motor. Não sabem a grande maioria, que o maior vilão dos motores modernos não é a falta de lubrificação adequada, mas sim, a adição de água no reservatório de expansão do sistema. Por este motivo, quero esclarecer um pouco mais sobre o que é e como funciona o principal responsável pelo perfeito funcionamento do motor de seu veículo.
Chamado de Sistema de Arrefecimento, o mesmo é composto por seis ou mais itens que tem por finalidade manter uma temperatura ideal (estabilizada) para o motor. Essa temperatura varia um pouco de motor para motor, mas fica entre 87 a 105 graus Celsius na maioria deles.
Como o sistema é composto:
1- Radiador
2- Bomba d´água
3- Galerias
4- Ventilador
5- Termostato
6- Indicador de temperatura no painel

Além dos componentes listados acima, o sistema ainda trabalha com mangueiras, reservatório de expansão, válvula de expansão integrada à tampa do radiador ou do reservatório e o aditivo adicionado a água, formando o líquido de arrefecimento. Logicamente estamos tratando da refrigeração por líquido, uma vez que o mesmo é o mais utilizado atualmente.
O líquido de arrefecimento é constituído por água e aditivos. Esses aditivos tem por finalidade equilibrar o pH da água, não deixando-a nem alcalina e nem ácida. O etilenoglicol é o principal componente do aditivo. Esse elemento altera os pontos de ebulição e congelamento da água, fazendo com que a mesma ferva acima de 100oC e congele somente abaixo de 0oC. Outra função do aditivo é a de manter lubrificado todo o sistema e evitar o acúmulo de sujeira no sistema.
- Termostato: (ou válvula termostática)
Elemento responsável pelo controle de temperatura do motor e o rápido aquecimento do mesmo, quando frio. É uma válvula que se abre e fecha permitindo ou não a passagem do líquido de arrefecimento. Quando fechada, não ocorre a troca de calor, fazendo com que o líquido que está no motor sofra um rápido aquecimento. Quando aberta, permite que o líquido resfriado penetre no interior do motor, baixando sua temperatura.
Alguns mecânicos retiravam essa válvula do sistema alegando que a mesma prejudicava a refrigeração. Isso não é verdade. Uma vez sem o termostato, a temperatura do motor oscila muito, ora trabalhando muito aquecido, ora com temperatura muito baixa. Motores trabalhando com temperatura baixa tem um desgaste mais acentuado e um maior consumo de combustível. Observe o ponteiro ou o marcador de temperatura de seu automóvel. Se ele oscila muito, principalmente com o motor quente, cuidado! A válvula pode estar prestes a travar e, se isto acontecer e ela travar fechando a passagem de água do sistema, seu motor vai superaquecer e ferver em poucos segundos.
A sua temperatura de abertura e fechamento dependem do tipo de motor e do combustível que é utilizado. Por este motivo, motores a álcool, que possuem taxa de compressão mais elevada, obviamente trabalham com temperaturas mais elevadas, a fim de permitir uma melhor queima e aproveitamento do combustível.

- Bomba d´água:
Serve para auxiliar o deslocamento da água no sistema, ou seja, recalca o líquido do radiador para o motor, fazendo com que haja uma troca do líquido aquecido pelo resfriado. Mesmo se não houvesse a presença da bomba, o líquido iria circular por termofissão (a diferença de temperatura provocaria o movimento). A bomba é um dispositivo que melhora essa circulação, em função da alta exigência e rendimento dos motores modernos.

De posse destas informações, recomendo ainda alguns procedimentos básicos, nem sempre lembrados, que nada custam, são de fácil execução, e podem evitar grandes prejuízos aos amigos motoristas:
- Verifique o nível da água do motor no reservatório de expansão do sistema, pelo menos uma vez por semana, sempre pela manhã e com o motor frio. Não espere para fazê-lo quando for abastecer, pois neste caso, estará quente e com pressão, não sendo recomendável a abertura da tampa do reservatório porque pode ocasionar bolhas de ar no sistema que prejudicarão o seu perfeito funcionamento, além do risco de queimaduras em quem for mexer no mesmo.
- Caso o nível esteja baixo, verifique se não há vazamentos (peça ajuda de um profissional), pois muitas vezes são imperceptíveis a olho nu. Se necessário, complete o nível com aditivo e um pouco da água, jamais com água pura, pois ela, além de diluir ainda mais o pouco aditivo existente, provoca alterações na temperatura e enferruja todo o sistema e seus componentes, podendo travar tudo quando você menos espera ou mais precisa.

Aprenderam? Pois então cuidem bem deste sistema, pois ele é como o sangue para o seu coração, e você sabe, com saúde não se brinca.