quarta-feira, 2 de setembro de 2009

TROCA DE ÓLEO MELHORA O RENDIMENTO...


Mesmo com toda a informação disponível aos motoristas e proprietários de veículos, a troca de óleo e filtro ainda é um dos fatores que mais influencia no rendimento e durabilidade dos motores.
Preços, prazo de troca, quilometragem, aumento do número de fabricantes, variedade, origem e outros fatores, auxiliam na falta de consenso sobre o tema. Para piorar, o aumento de combustíveis adulterados ou fora das especificações recomendadas, pioraram ainda mais o quadro.
Que fazer então???
Primeiramente, definir o tipo de utilização que está sendo aplicado ao veículo – uso leve ou condições severas.
Vocês sabiam que as piores condições a que um veículo está sujeito são os pequenos trajetos diários, com duração em torno de 15 minutos, em vias urbanas e em velocidades abaixo de 60 km/h ? Que a melhor situação para a durabilidade dos componentes de um veículo seria rodar no trânsito livre e fluente, em velocidades acima dos 60 km/h e por mais de 15 minutos??
A partir desta observação, confira abaixo algumas perguntas e respostas que podem ajudá-lo a economizar dinheiro e preservar a saúde do motor de sua máquina:

A troca de óleo deve seguir rigorosamente o que manda o manual do fabricante do veículo? Sim, mas o motorista deve tomar cuidado com os manuais mais antigos, que previam trocas a cada 20 mil quilômetros, baseados nas condições européias de circulação. No Brasil, devido às características de nosso clima, trânsito e estradas, isto ocasionou muitos problemas aos motores. Por isso, recomenda-se sempre consultar o concessionário da marca ou os responsáveis pelos pontos de troca de óleo, relatando a forma de utilização do veículo para que lhe seja indicado o lubrificante correto à sua situação e determinados os prazos para as trocas do mesmo;
A troca deve ser feita pela quilometragem ou por tempo? De um modo geral, recomenda-se a troca do lubrificante a cada 5.000 quilômetros (óleos minerais – a maioria), ou seis meses, o que vencer primeiro. Porém, como os lubrificantes possuem aditivos em sua composição, eles permanecem inertes até sua colocação no motor do veículo. A partir deste momento, como são reagentes químicos, passam a atuar dentro do motor, mesmo quando ele está desligado. Como a durabilidade do lubrificante depende do tipo de uso do veículo, o motorista que roda pouco e nas condições severas relatadas acima, deverá sempre trocar o óleo levando-se em conta o tempo (máximo de seis meses). Já quem roda a maior parte do tempo em rodovias, deve efetuar a troca observando a quilometragem estabelecida pelo tipo de lubrificante que está usando no motor.
É preciso substituir o filtro de óleo a cada troca do lubrificante? Sim. Apesar da maioria efetuar a troca do filtro a cada duas trocas do lubrificante, é bom lembrar que um filtro processa em média mais de 20 litros de óleo por minuto. Portanto, em 5.000 quilômetros, esse filtro terá processado mais de 200 mil litros de óleo. Já imaginou??? Por isso, na hora da troca recomenda-se retirar todo o óleo velho do cárter do motor e trocar o filtro sempre. Gasta-se um pouco mais na hora da troca, mas ganha-se muito na longevidade e durabilidade do motor;
Nos veículos que vem de fábrica com óleo sintético, ou semi-sintético, pode-se trocar pelo óleo mineral – geralmente mais barato? Os dois podem ser misturados?? Existem veículos que exigem somente óleo semi-sintético ou sintético, como é o caso das BMW. Para outros casos, recomenda-se sempre consultar o manual do veículo para saber se há a opção do óleo mineral, desde que atendidas as especificações técnicas previstas no mesmo livreto. Porém, em ambos os casos, a mistura dos dois tipos de lubrificante não deve ser feita, pois isto prejudica a qualidade do lubrificante e causa sérios danos ao motor do veículo;
E quanto às marcas, podem ser misturadas? Em casos de emergência, sim, pode-se completar o nível com óleo de outra marca, desde que se mantenha as mesmas especificações do lubrificante original. Porém, não deve ser uma prática constante, pois apesar dos lubrificantes possuírem as mesmas especificações, cada fabricante possui seus próprios aditivos e reagentes e, a longo prazo, a mistura pode afetar a durabilidade ou a vida útil do motor;
É necessário aquecer o motor antes de sair normalmente com o veículo? Quando se joga futebol ou se pratica algum esporte, não fizemos um pré-aquecimento da musculatura para evitarmos lesões? Pois com os veículos é a mesma coisa. Apesar dos motores modernos não exigirem que o motorista espere pelo aquecimento do óleo e das peças do motor, o ideal é que antes de sair com o veículo pela manhã, o motorista aguarde uns 30 segundos com o motor em funcionamento e não eleve as rotações até que o ponteiro da temperatura do líquido de arrefecimento dê sinais de vida. É o tempo de se abrir o portão da garagem e colocar o cinto de segurança;
Que fazer quando a luz do óleo acende no painel ou o ponteiro da temperatura subir acima do normal? Pare o veículo imediatamente, desligue o motor e procure atendimento mecânico;
Qual o consumo de óleo pode ser considerado normal, sem que isto signifique um sinal de problemas com o motor? Na década de 80, era normal o consumo de até um litro de lubrificante a cada mil quilômetros rodados. A partir dos anos 2000, no máximo um consumo de 300 ml a cada mil quilômetros rodados. Qualquer alteração nestas condições, procure orientação técnica, pois o motor de seu veículo pode estar com problemas.
Motor “esconde” óleo? Não! Os atuais motores e lubrificantes não fazem isto e se o nível estiver constantemente abaixo do mínimo, com certeza está ocorrendo algum problema de desgaste ou vazamento. O termo “esconde”, que ainda se ouve falar hoje em dia por algumas pessoas, na verdade, deve-se ao fato de que motores de concepção e projeto mais antigos, quando desligados, demoravam mais para “drenar” o óleo de volta para o cárter. Caso o nível do lubrificante fosse verificado logo após o motor ser desligado, poderia se pensar de que estaria faltando óleo no motor, daí surgindo o termo “esconde”. Um exemplo típico desta situação e dos mais comentados ocorre com os Chevrolet Chevette que, inclusive, tinha fama de pouca durabilidade de seu motor.
Porém, fui proprietário de um modelo com motor 1.6S à álcool, dupla carburação, numa época em que o combustível era mais barato, o juízo era pouco e o pé direito era muito “pesado” sobre o acelerador. Mesmo assim, rodei belíssimos 150.000 km com o carrinho, sempre com “pé embaixo” e o giro no limite do impossível, e posso afirmar que nunca tive problemas com o motor do mesmo, sequer consumia óleo ao final desta quilometragem – o único cuidado que tinha era trocar o lubrificante e filtro a cada 4.000 km e cuidar da água do motor. Deixou muitas saudades...

Por essas e outras, volto a afirmar, a troca de óleo melhora o rendimento do motor de seu veículo. Cuide bem dele, vale a pena !!!


Colaboração/ Fonte: Diário Catarinense – Veículos, Eduardo Aquino/Remo Lucioli

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