quarta-feira, 11 de novembro de 2009

CUIDADO!!!


GASOLINA ARGENTINA
CAUSA SÉRIOS PREJUÍZOS
AOS PROPRIETÁRIOS
DE AUTOMÓVEIS...

Por causa da repercussão negativa na comunidade, o assunto é polêmico e negado pela maioria das pessoas, mas pesquisa realizada junto à mecânicos de nossa cidade revela que mais de noventa por cento dos veículos que usam gasolina da Argentina apresentaram ou vão apresentar algum problema no motor ou no sistema de alimentação do combustível.
Falha no sistema de injeção, bomba de combustível “ressecada”, queimada ou avariada, pré-ignição, junta do cabeçote queimada, desgaste de bronzinas e virabrequim, filtros entupidos e marcha-lenta irregular, são alguns dos itens que mais tem causado dor de cabeça para quem usa a gasolina Argentina.
O problema ocorre porque a gasolina vendida fora do Brasil, principalmente a Argentina, possui uma composição muito diferenciada daquela que é vendida e fabricada pela nossa Petrobrás, especialmente para os motores dos veículos fabricados no Brasil. Octanagem mais elevada, ausência de álcool e presença de chumbo, são, além de outros fatores, os responsáveis pela maioria dos problemas que levam nossos automóveis rapidinho para a oficina. Sem falar que existem comentários de que os postos além fronteira, sabedores da grande procura e isentos de qualquer responsabilidade, estão adulterando a gasolina vendida, seja na qualidade do produto, seja na quantidade registrada pelas bombas e também na conversão do câmbio.
Bom, mas então basta adicionar álccol ou abastecer da gasolina super (a especial da Argentina), que o problema não ocorre??? Mas meu vizinho abastece lá há anos e nunca teve problemas???
Estão enganados...
A adição de álcool, independente da proporção em que isto é feito, acelera e piora ainda mais o processo, pois a gasolina Argentina, por sua composição química, não aceita e não se mistura com nosso álcool. Isto faz com que, ao se deixar o veículo parado por algum tempo, principalmente pela manhã, todo o álcool e mais os produtos da adulteração, se separem e fiquem depositados na parte de baixo do tanque. Ao dar a partida no motor, imaginem o que isto não ocasiona no sistema de alimentação e no próprio motor do automóvel. Neste caso, a melhor solução ainda é ir completando o tanque com a nossa gasolina, o que, apesar de também não ser correto, pode amenizar e evitar problemas a curto prazo.
Com relação à gasolina “supra”, os problemas ocorrem porque sendo ela uma gasolina “aditivada”, teoricamente mais forte, ela resseca ainda mais a bomba de combustível, causa pré-ignição nos motores (a famosa “batida-de-pino”), e solta toda e qualquer sujeira que tiver no sistema, entupindo filtros e bicos injetores.
Tá bom, mas então, como é que em dez por cento dos veículos ela não causa danos e eles podem rodar normalmente? Conheço um amigo que usa e nunca teve problemas...
Respondo: É porque são veículos mais novos ou com manutenção mais apurada, veículos com baixa quilometragem ou poucos anos de uso, cujo sistema de alimentação e motores, estão “novos” ainda. No caso do seu amigo ou vizinho, se não for por estes motivos, pode ser por “sorte” mesmo... Isto não quer dizer que, com o passar do tempo, não terão problemas também, mas como a maioria das pessoas não fica muito tempo com o automóvel, coitado de quem comprar o veículo depois....

Não quero aqui, criticar, culpar ou acusar quem abastece na Argentina, muito pelo contrário, até porque tenho grandes amigos que fazem isto e também porque sei que a diferença de preço é grande e muito tentadora. Apenas quero alertar que o que a princípio parece ser uma bela economia, logo logo se transforma numa grande dor de cabeça e enorme prejuízo. O que todos tem que saber, é que o grande “vilão” nesta história toda, é a enorme carga tributária imposta pelo “governo” sobre nossa gasolina, fazendo com que ela saia da refinaria custando R$ 0,80 e chegue nas bombas dos postos custando R$ 2,59 em média.
A gasolina brasileira é uma das melhores gasolinas do mundo (quando sai da refinaria...), pois tem alto rendimento e baixo índice de poluição. O problema é que ela é usada para “fazer caixa” para o governo, que depois sai distribuindo “programas sociais” para a população, com fins eleitoreiros e às custas dos empresários do setor que não tem como competir contra tamanha desigualdade e injustiça.

joaotheis@yahoo.com.br

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