quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Nova Yamaha XJ6 chega ao mercado


O dito popular “o ano, no Brasil, só começa depois do Carnaval” não vale para a Yamaha. Em 2010, a fábrica japonesa antecipou-se a concorrência e apresentou quatro lançamentos neste início de fevereiro, antes mesmo da folia.
A XJ6 foi apresentada no Intermot 2008, o Salão de Motos de Colônia, com a proposta de ser uma moto de quatro cilindros em linha fácil de pilotar. Surgiu como uma opção mais amigável e menos esportiva que a FZ6N, que foi aposentada na Europa e agora também no Brasil. Longe de ser uma 600 cc de quatro cilindros com temperamento “apimentado”, a nova XJ6 tem como lemas facilidade de condução e conforto. Além disso, a linha XJ6 tem um design mais atual que a extinta FZ6. Apenas o farol assimétrico e o painel lembram sua antecessora. O restante tem linhas bastante angulosas e uma ponteira de escapamento “escondida” sob a moto que, além da função estética, contribui para a centralização de massas e reforça sua proposta de ser uma moto amigável. O novo modelo Yamaha tem uma proposta mais urbana e pacata que sua antecessora. Tem no preço mais em conta seu grande trunfo para encarar a acirrada concorrência. A XJ6N, versão “pelada”, vai custar R$ 27.500 – a extinta FZ6N estava tabelada em R$ 30 mil. Suas concorrentes diretas, como a Suzuki Bandit 650N e a Honda CB 600F Hornet custam acima de R$ 30 mil. Para ter esse preço mais competitivo, a XJ6 aposta em especificações um pouco mais espartanas que a extinta FZ6N. O novo modelo tem quadro tubular em aço bastante compacto, e traz o motor como parte integrante (tipo diamante). As suspensões também são convencionais: garfo telescópico na dianteira; e balança monoamortecida na traseira. Ambas, têm 130 mm de curso. No conjunto de freios, a XJ6 conta com dois discos de 298 mm de diâmetro com pinças de dois pistões na frente; e um disco simples de 245 mm com pinça única atrás. As rodas feitas em liga leve são de 17 polegadas e trazem pneus radiais sem câmara Metzeler Roadtec Z6 Interact nas medidas 120/70 ZR 17, na dianteira, e 160/60 ZR 17, na traseira. Externamente, o motor é o mesmo da FZ6N: quatro cilindros em linha, 600 cm³, comando duplo no cabeçote (DOHC) e refrigeração líquida. Porém internamente foi totalmente retrabalhado. Apesar dos cilindros terem o mesmo diâmetro e curso (65.5 x 44.5 mm), o cabeçote, virabrequim, os dutos de admissão e todo o fluxo de gases foram projetados especificamente para a nova XJ6. O objetivo dos projetistas foi ampliar a curva de torque em baixas e médias rotações e também proporcionar uma entrega de potência mais amigável. Tudo para que a XJ6 agradasse os motociclistas menos experientes, que têm na XJ6 sua primeira grande moto. “Seu primeiro grande sonho”, nas palavras da Yamaha. Os números de desempenho - potência máxima de 77,5 cv a 10.000 rpm e torque máximo de 6,1 kgf.m já nas 8.500 rpm – evidenciam sua proposta de oferecer uma condução fácil e divertida, tanto para pilotos novatos como os mais experientes.
No quesito conforto, a XJ6 traz um banco a apenas 785 mm do solo e um guidão plano e ajustável em duas posições. O painel de instrumentos é exatamente o mesmo da FZ6 – uma tela de cristal líquido que traz velocímetro digital, relógio, marcador de combustível e hodômetros, e um conta-giros de leitura analógica com luzes de advertência. A naked estará disponível nas cores branca e preta.
A versão XJ6F traz a carenagem integral, essencial para quem busca uma moto para viajar. Equipada com tanque de 17,3 litros (mesma capacidade da XJ6) deve oferecer também boa autonomia. Além disso, a XJ6F, que deve chegar às concessionárias em março somente na cor preta, terá cavalete central de série, item bastante útil para se lubrificar e regular a corrente de transmissão final. No restante, a versão F tem as mesmas especificações do modelo naked, mas vai custar mais caro: R$ 30,50 mil.

Fonte: WebMotors