A PRIMEIRA DO MUNDO COM UM CÂMBIO AUTOMATIZADO DE DUPLA EMBREAGEM.
Nem a bela carenagem, nem o novo motor são o que essa Honda VRF 1200 F oferece de mais espetacular. Sua maior inovação está na transmissão. Trata-se da primeira moto automatizada com dupla embreagem do mundo. Todas as motos automáticas até hoje possuíam a transmissão do tipo CVT, continuamente variável. Ou seja, elas não possuíam marchas pré-definidas, apenas duas polias tracionadas por correia, que iam liberando tração. Esse tipo de câmbio tem certas limitações e, por isso, nunca foi usado em modelos de grandes cilindradas. Na VFR 1200 F, ao contrário, o sistema é igualzinho ao dos carros mais modernos do mundo. Construtivamente, é como um câmbio mecânico. A transmissão é por eixo cardã, só que com duas embreagens. Uma fica responsável pelas marchas ímpares e a outra pelas marchas pares. Quando se está em segunda, por exemplo, a terceira já está previamente selecionada e, no momento da passagem, o que ocorre não é um engate, mas sim o acionamento da outra embreagem. Com isso as trocas são mais rápidas e sem trancos. Essa operação pode ser feita pelo piloto ou automaticamente. A moto dispõe de dois botões na manopla esquerda, com as siglas (+) e (-), e é por eles que o piloto faz as mudanças quando escolhe o modo “M” (manual). Se a opção for pelo “D” (drive), o sistema se encarrega de fazer as trocas no tempo certo e, para quem está no comando, basta acelerar e se concentrar na estrada. Para uma pilotagem mais esportiva, você ainda pode colocar o câmbio no modo “S” (Sport). Com ele, as trocas continuam sendo feitas automaticamente, mas próximas ao ponto de corte do motor. O propulsor aliás, é outra novidade desse modelo. Um quatro cilindros OHC Unicam (comando único), em V a 76 graus de 1.237 cm³, que gera 173 cv e 13,2 kgmf, com nível de ruído bastante contido. A unidade compacta permitiu baixar a altura do assento, garantindo melhor apoio dos pés no chão. No primeiro contato com a VFR 1200 F, você vai precisar de, pelo menos, uns cinco minutos para se adaptar. Afinal, com essa transmissão, sumiram o manete da embreagem e a pedaleira da troca de marchas. Como se trata de uma moto potente, sua saída tem que ser bem controlada. O acelerador eletrônico ajuda nessa tarefa. Após alguns minutos iniciais, fica difícil não gostar da brincadeira. Imagine andar na cidade desfrutando de todo o potencial de uma bela cilindrada, sem precisar ficar trocando de marcha e sem que isso prejudique o desempenho ou o prazer da pilotagem. Um sonho para poucos, pois a Honda pretende comercializar apenas 20 unidades do modelo ao mês. Ficou curioso? Então vá até a Gambato Motos Honda em nossa cidade e conheça mais detalhes, inclusive o preço, que, apesar do que a moto oferece, não é tão alto assim.
Fonte: Motor Show – Roberto Assunção.
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