sábado, 12 de setembro de 2009

Mudando Hábitos...



Dirigir do lado direito mostra a variedade de perspectivas
Ter sempre um mesmo ponto de vista, inclusive no trânsito, enferruja a cabeça e embota o espírito...

Levantar o capô para fotografar o motor, tarefa normal e corriqueira em qualquer automóvel, revela alguns condicionamentos a que estamos sujeitos, pois a primeira reação é abrir a porta do lado esquerdo. O fato é que só nos damos conta disto quando nos vemos numa situação como a descrita acima - avaliando um veículo em um país de mão do lado direito, a famosa mão inglesa. Afinal, estamos no Reino Unido. Por um acaso do destino, a alça de abertura do capô estava mesmo do lado esquerdo, mas não o volante. Ele fica do lado direito. Quem nunca andou em um veículo com mão inglesa deve se perguntar: e como se dirige desse jeito? Onde ficam os comandos?
Fora o câmbio, tudo é exatamente igual. O pedal do acelerador do lado direito, o do freio no meio e da embreagem à esquerda. Não cheguei a guiar nenhum veículo com câmbio manual até agora, mas os engates também são como os dos carros que conhecemos: primeira acima à esquerda, segunda abaixo à esquerda, terceira acima no meio, quarta abaixo no meio e quinta acima à direita. A ré, como diria Adoniran Barbosa, “vareia”.
Nos Land Rover avaliados, o câmbio automático evitou estranhamentos em relação aos engates, mas não com o jeito de dirigir. Com o volante do lado direito, o motorista tem de ficar para o lado de dentro da via. Isso faz com que quem vai adiante ande na faixa da esquerda, não na da direita, como no Brasil. A princípio, não é algo difícil de entender. Até chegarmos à primeira rotatória, chamada pela portuguesa do sistema de navegação de “rotunda”. Entramos na “rotunda” pela esquerda, não pela direita. Ou quando temos de converter à direita. A tendência é pegar a direita e seguir adiante. Os ingleses devem tomar sustos regulares com os malucos dos estrangeiros andando na faixa errada. Por sorte, não foi algo que aconteceu com freqüência. Só uma ou duas vezes durante a avaliação...Depois de entender qual o lugar a ocupar em cada via (algumas delas tão estreitas que só passa um carro de cada vez, mas todas são mão dupla...), leva tempo para acostumar com a posição em que o carro deve ficar dentro da faixa. Mais para a direita ou mais para a esquerda? As guias avisam o melhor lugar sem muita paciência, o que exige algum outro tipo de balizamento. As faixas, menos agressivas, tratam disso.
Além da experiência interessante, o episódio mostra o quanto é bom, vez por outra, se colocar diante de coisas corriqueiras (o trânsito, por exemplo) sob uma outra perspectiva. Como passageiro. Como um motorista inglês. Como pedestre. Isso aperfeiçoa as habilidades. Traz a humildade de perceber que não sabemos tanto quanto gostaríamos. Coloca todos nós diante da certeza de sermos aprendizes (graças a Deus). Desenferruja a alma e aviva o espírito. A quem tiver essa chance, fica a mais veemente recomendação: não a deixe passar. Nem essa nem nenhuma outra de enxergar o mundo sob um outro ponto de vista, sempre em direção a uma visão mais ampla e mais rica.
Texto: Gustavo Henrique Ruffo

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Novo Nissan GT-R volta a impressionar em Nürburgring


Superesportivo retorna à pista e supera polêmico tempo anterior ...

Ele fez de novo. Há cerca de um ano, o superesportivo Nissan GT-R acelerou na pista mundialmente famosa de Nürburgring. O resultado garantiu a 4ª volta mais rápida da história do circuito. Os 20,80 km foram percorridos em 7m29s. Nesta semana, a mesma equipe retornou ao local, só que agora ao volante de uma versão atualizada do modelo, o 2010MY GT-R. Para surpresa geral, eles conseguiram bater o tempo anterior em 1,5 segundo, completando a volta em 7m27s56 sob o comando do ex-piloto de Fórmula 1 Toshio Suzuki.

No ano passado, o número alcançado foi amplamente contestado pelas marcas concorrentes, principalmente pela Porsche, que até então dominava a posição com seu 911 GT2. A alemã afirmava que a Nissan havia utilizado pneus não-oficiais, semi-slick, na sua tomada de tempo. Até agora, ninguém se manifestou sobre o novo teste, que parece ter sido feito com a versão de produção do novo GT-R, sem alterações.

Não bastasse isso, a Nissan ainda mandou avisar que vai tentar novamente. Segundo a equipe, o carro foi prejudicado por trechos de areia na pista. Em condições ideais, eles afirmam, os 7m26s4 do Chevrolet Corvette C6 ZR1 deixará de ser o melhor tempo.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

CUIDE BEM DA BATERIA DE SEU AUTOMÓVEL


Dicas de Manutenção :
01. Faça "check-up" elétrico no veículo pelo menos duas vezes por ano;

02. Mantenha os terminais dos cabos bem apertados e em bom estado;

03. Não introduza objetos ou ferramentas nos elementos da bateria;

04. Se necessário, só carregue a bateria com carga lenta (10% da capacidade nominal);

05. Não acione o motor da partida por mais de 15 segundos de cada vez;

06. Caso o veículo não pegue, efetue nova tentativa após 20 segundos;

07. Procure um profissional especializado caso insista em não pegar;

08. Só dê a partida com todos os equipamentos elétricos desligados (ar condicionado, faróis, som, amplificador etc.);

09. Evite que os equipamentos elétricos fiquem ligados por muito tempo com o veículo parado;

10. Toda vez que perceber que a luz de advertência acende ou pisca, procure o eletricista;

11. Odores estranhos vindos da bateria, superaquecimento da mesma ou salpicos de solução pelos suspiros indicam normalmente falha do regulador de voltagem. Faça imediatamente o "check-up" recomendado acima, pois a mesma pode entrar em curto e provocar uma explosão;

12. Em caso de paralisação prolongada do veículo (acima de um mês), recarregue antes a bateria e guarde o veículo com o cabo de aterramento desligado, ou remova a bateria para um local fresco;

13. Evite riscos de acidente. Deixe a manutenção para um técnico treinado. Caso se julgue capacitado não esqueça de utilizar óculos de proteção e capas de napa para proteger o corpo e a pintura do seu carro;
14. Cuidado. A instalação incorreta gera perigo de explosão. Conheça as instruções de segurança contidas no rótulo e no Certificado de Garantia da bateria;

15. Antes de retirar a bateria, verifique se o seu veículo possui equipamentos com códigos de segurança em alarme, rádio, etc. Caso eles existam, tenha-os em mãos para poder reativá-los depois da troca da bateria;

16. Existem sistemas elétricos, em alguns veículos, que não podem ser desligados. Utilize uma bateria em paralelo para não interromper o fornecimento de energia. Há equipamentos que podem auxiliá-lo nisso;

As baterias automotivas possuem em média, uma durabilidade de dois anos, podendo ser reduzida ou aumentada sua vida útil dependendo das condições elétricas do veículo ou do número de acessórios que o mesmo possui.
Como a bateria nova custa caro, é bom cuidar da sua.....

joaotheis@yahoo.com.br

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

TROCA DE ÓLEO MELHORA O RENDIMENTO...


Mesmo com toda a informação disponível aos motoristas e proprietários de veículos, a troca de óleo e filtro ainda é um dos fatores que mais influencia no rendimento e durabilidade dos motores.
Preços, prazo de troca, quilometragem, aumento do número de fabricantes, variedade, origem e outros fatores, auxiliam na falta de consenso sobre o tema. Para piorar, o aumento de combustíveis adulterados ou fora das especificações recomendadas, pioraram ainda mais o quadro.
Que fazer então???
Primeiramente, definir o tipo de utilização que está sendo aplicado ao veículo – uso leve ou condições severas.
Vocês sabiam que as piores condições a que um veículo está sujeito são os pequenos trajetos diários, com duração em torno de 15 minutos, em vias urbanas e em velocidades abaixo de 60 km/h ? Que a melhor situação para a durabilidade dos componentes de um veículo seria rodar no trânsito livre e fluente, em velocidades acima dos 60 km/h e por mais de 15 minutos??
A partir desta observação, confira abaixo algumas perguntas e respostas que podem ajudá-lo a economizar dinheiro e preservar a saúde do motor de sua máquina:

A troca de óleo deve seguir rigorosamente o que manda o manual do fabricante do veículo? Sim, mas o motorista deve tomar cuidado com os manuais mais antigos, que previam trocas a cada 20 mil quilômetros, baseados nas condições européias de circulação. No Brasil, devido às características de nosso clima, trânsito e estradas, isto ocasionou muitos problemas aos motores. Por isso, recomenda-se sempre consultar o concessionário da marca ou os responsáveis pelos pontos de troca de óleo, relatando a forma de utilização do veículo para que lhe seja indicado o lubrificante correto à sua situação e determinados os prazos para as trocas do mesmo;
A troca deve ser feita pela quilometragem ou por tempo? De um modo geral, recomenda-se a troca do lubrificante a cada 5.000 quilômetros (óleos minerais – a maioria), ou seis meses, o que vencer primeiro. Porém, como os lubrificantes possuem aditivos em sua composição, eles permanecem inertes até sua colocação no motor do veículo. A partir deste momento, como são reagentes químicos, passam a atuar dentro do motor, mesmo quando ele está desligado. Como a durabilidade do lubrificante depende do tipo de uso do veículo, o motorista que roda pouco e nas condições severas relatadas acima, deverá sempre trocar o óleo levando-se em conta o tempo (máximo de seis meses). Já quem roda a maior parte do tempo em rodovias, deve efetuar a troca observando a quilometragem estabelecida pelo tipo de lubrificante que está usando no motor.
É preciso substituir o filtro de óleo a cada troca do lubrificante? Sim. Apesar da maioria efetuar a troca do filtro a cada duas trocas do lubrificante, é bom lembrar que um filtro processa em média mais de 20 litros de óleo por minuto. Portanto, em 5.000 quilômetros, esse filtro terá processado mais de 200 mil litros de óleo. Já imaginou??? Por isso, na hora da troca recomenda-se retirar todo o óleo velho do cárter do motor e trocar o filtro sempre. Gasta-se um pouco mais na hora da troca, mas ganha-se muito na longevidade e durabilidade do motor;
Nos veículos que vem de fábrica com óleo sintético, ou semi-sintético, pode-se trocar pelo óleo mineral – geralmente mais barato? Os dois podem ser misturados?? Existem veículos que exigem somente óleo semi-sintético ou sintético, como é o caso das BMW. Para outros casos, recomenda-se sempre consultar o manual do veículo para saber se há a opção do óleo mineral, desde que atendidas as especificações técnicas previstas no mesmo livreto. Porém, em ambos os casos, a mistura dos dois tipos de lubrificante não deve ser feita, pois isto prejudica a qualidade do lubrificante e causa sérios danos ao motor do veículo;
E quanto às marcas, podem ser misturadas? Em casos de emergência, sim, pode-se completar o nível com óleo de outra marca, desde que se mantenha as mesmas especificações do lubrificante original. Porém, não deve ser uma prática constante, pois apesar dos lubrificantes possuírem as mesmas especificações, cada fabricante possui seus próprios aditivos e reagentes e, a longo prazo, a mistura pode afetar a durabilidade ou a vida útil do motor;
É necessário aquecer o motor antes de sair normalmente com o veículo? Quando se joga futebol ou se pratica algum esporte, não fizemos um pré-aquecimento da musculatura para evitarmos lesões? Pois com os veículos é a mesma coisa. Apesar dos motores modernos não exigirem que o motorista espere pelo aquecimento do óleo e das peças do motor, o ideal é que antes de sair com o veículo pela manhã, o motorista aguarde uns 30 segundos com o motor em funcionamento e não eleve as rotações até que o ponteiro da temperatura do líquido de arrefecimento dê sinais de vida. É o tempo de se abrir o portão da garagem e colocar o cinto de segurança;
Que fazer quando a luz do óleo acende no painel ou o ponteiro da temperatura subir acima do normal? Pare o veículo imediatamente, desligue o motor e procure atendimento mecânico;
Qual o consumo de óleo pode ser considerado normal, sem que isto signifique um sinal de problemas com o motor? Na década de 80, era normal o consumo de até um litro de lubrificante a cada mil quilômetros rodados. A partir dos anos 2000, no máximo um consumo de 300 ml a cada mil quilômetros rodados. Qualquer alteração nestas condições, procure orientação técnica, pois o motor de seu veículo pode estar com problemas.
Motor “esconde” óleo? Não! Os atuais motores e lubrificantes não fazem isto e se o nível estiver constantemente abaixo do mínimo, com certeza está ocorrendo algum problema de desgaste ou vazamento. O termo “esconde”, que ainda se ouve falar hoje em dia por algumas pessoas, na verdade, deve-se ao fato de que motores de concepção e projeto mais antigos, quando desligados, demoravam mais para “drenar” o óleo de volta para o cárter. Caso o nível do lubrificante fosse verificado logo após o motor ser desligado, poderia se pensar de que estaria faltando óleo no motor, daí surgindo o termo “esconde”. Um exemplo típico desta situação e dos mais comentados ocorre com os Chevrolet Chevette que, inclusive, tinha fama de pouca durabilidade de seu motor.
Porém, fui proprietário de um modelo com motor 1.6S à álcool, dupla carburação, numa época em que o combustível era mais barato, o juízo era pouco e o pé direito era muito “pesado” sobre o acelerador. Mesmo assim, rodei belíssimos 150.000 km com o carrinho, sempre com “pé embaixo” e o giro no limite do impossível, e posso afirmar que nunca tive problemas com o motor do mesmo, sequer consumia óleo ao final desta quilometragem – o único cuidado que tinha era trocar o lubrificante e filtro a cada 4.000 km e cuidar da água do motor. Deixou muitas saudades...

Por essas e outras, volto a afirmar, a troca de óleo melhora o rendimento do motor de seu veículo. Cuide bem dele, vale a pena !!!


Colaboração/ Fonte: Diário Catarinense – Veículos, Eduardo Aquino/Remo Lucioli